
quinta-feira, 10 de maio de 2012
GUIA DA NOVA ORTOGRAFIA
GUIA DA NOVA ORTOGRAFIA
Alfabeto - Como era Nova regra Como ficou
O alfabeto era formado por 23
letras, chamadas de “especiais”
k, w, y
O alfabeto é formado por 26 letras As letras k, w, y fazem parte do
alfabeto. São usadas em siglas,
símbolos, nomes próprios
estrangeiros e seus derivados.
Ex.: km, Watt, Byron, byroniano.
Trema - Como era Nova regra Como ficou
Agüentar, conseqüência,
cinqüenta, qüinqüênio, freqüência,
freqüente, eloqüência, eloqüente,
argüição, delinqüir, pingüim,
tranqüilo, lingüiça.
O trema é eliminado em palavras
portuguesas e aportuguesadas.
Só permanecendo em nomes
próprios estrangeiros e seus
derivados: Müller, mülleriano,
hübneriano
Aguentar, consequência,
cinquenta, quinquênio, frequência,
frequente, eloquência, eloquente,
arguição, delinquir, pinguim,
tranquilo, linguiça.
Acentuação - Como era Nova regra Como ficou
Assembléia, platéia, idéia,
colméia, panacéia, Coréia,
hebréia, bóia, paranóia, jibóia,
apóio (forma verbal), heróico,
paranóico.
Não se acentuam os ditongos
abertos “ei” e “oi” nas palavras
paroxítonas.
O acento nos ditongos “éi” e –
“ói” permanece nas palavras
oxítonas e monossílabos
tônicos de som aberto: herói,
constrói, dói, anéis, papéis,
anzóis.
O acento no ditongo aberto
“éu“ permanece: chapéu, véu,
céu, ilhéu.
Assembleia, plateia, ideia,
colmeia, panaceia, Coreia,
hebreia, boia, paranoia, jiboia,
apoio (forma verbal), heroico,
paranoico.
Enjôo (subst. e forma verbal), vôo
(subst. e forma verbal), corôo,
perdôo, côo, môo, abençôo,
povôo.
Não se acentua o hiato “oo” Enjoo (subst. e forma verbal), voo
(subst. e forma verbal), coroo,
perdoo, coo, moo, abençoo,
povoo.
Crêem, dêem, lêem, vêem,
descrêem, relêem, revêem.
Não se acentua o hiato “ee” dos
verbos crer, dar, ler, ver e seus
derivados. (3ª p. pl.)
Creem, deem, leem, veem,
descreem, releem, reveem.
Pára (verbo) péla (subst. e verbo),
pêlo (subst.), pêra (subst.), pólo
(subst.)
Não se acentuam as palavras
paroxítonas que são homógrafas.
O acento diferencial permanece
nos homógrafos: pode
(3°pessoa do sing. do presente
do indicativo do verbo poder) e
pôde (3°pessoa do pretérito
perfeito do indicativo).
O acento diferencial permanece
em pôr (verbo) em oposição a
por (preposição)
Para (verbo), pela (subst. e
verbo), pelo (subst.), pera (subst.),
polo (subst.)
arguí, apazigúe, averigúe,
enxagúe, obliqúe
Não se acentua o “u” tônico nas
formas verbais rizotônicas (acento
na raiz), quando precedido de “g”
ou “q” e seguido de “e” ou “i”
(grupos que/qui e gue/gui)
argui, apazigue, averigue,
enxague, obliqúe
baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha,
feiúra, feiúme
Não se acentua o “i” e “u” tônicos
das palavras paroxítonas quando
precedidas de ditongo.
baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha,
feiura, feiume
Uso do hífen - Como era Nova regra Como ficou
ante-sala, ante-sacristia, autoretrato,
ante-social, anti-rugas,
arqui-romântico, arqui-rivalidade,
auto-regulamentação, autosugestão,
contra-senso, contraregra,
contra-senha, extraregimento,
extra-sístole, extraseco,
infra-som, infra-renal, ultraromântico,
ultra-sonografia, semireal,
semi-sintético, supra-renal,
supra-sensível.
Não se emprega o hífen nos
compostos em que o prefixo ou
falso prefixo termina em vogal, e o
segundo elemento começa por “r”
ou “s”, devendo essas consoantes
se duplicarem.
O uso do hífen permanece nos
compostos em que os prefixos
super, hiper, inter, terminados
em “r”, aparecem combinados
com elementos também
iniciados por “r”: hiperrancoroso,
hiper-realista, hiperrequintado,
inter-racial, interregional,
inter-relação, superracional,
super-realista, hiperrequintado,
hiper-requisitado,
inter-racial, inter-relação, superracional,
super-realista, superresistente,
super-revista, etc.
antessala, antessacristia,
autorretrato, antessocial,
antirrugas, arquirromântico,
arquirrivalidade,
autorregulamentação,
autossugestão, contrassenso,
contrarregra, contrassenha,
extrarregimento, extrassístole,
extrasseco, infrassom, infrarrenal,
ultrarromântico, ultrassonografia,
semirreal, semissintético,
suprarrenal, suprassensível.
Auto-afirmação, auto-ajuda, autoaprendizagem,
auto-escola, autoestrada,
auto-instrução, contraexemplo,
contra-indicação, contraordem,
extra-escolar, extra-oficial,
infra-estrutura, intra-ocular, intrauterino,
neo-expressionista, neoimperialista,
semi-aberto, semiautomático,
semi-árido, semiembriagado,
semi-obscuridade,
supra-ocular, ultra-elevado.
Não se emprega o hífen nos
compostos em que o prefixo ou
falso prefixo termina em vogal e o
segundo elemento começa por
vogal diferente.
Esta nova regra normatiza os
casos do uso do hífen entre
vogais diferentes, como já
acontecia anteriormente na
língua em compostos como:
antiaéreo, antiamericano,
coeducação, agroindustrial,
socioeconômico, etc.
O uso do hífen permanece nos
compostos com prefixo em que
o segundo elemento começa
por “h”: ante-hipófise, antiherói,
anti-higiênico, extrahumano,
neo-helênico, semiherbáceo,
super-homem, suprahepático,
etc.
Autoafirmação, autoajuda,
autoaprendizagem, autoescola,
autoestrada, autoinstrução,
contraexemplo, contraindicação,
contraordem, extraescolar,
extraoficial, infraestrutura,
intraocular, intrauterino,
neoexpressionista,
neoimperialista, semiaberto,
semiautomático, semiárido,
semiembriagado,
semiobscuridade, supraocular,
ultraelevado.
antiibérico, antiinflamatório,
antiinflacionário, antiimperialista,
arquiinimigo, arquiirmandade,
microondas, microônibus,
microorgânico.
Emprega-se o hífen nos
compostos em que o prefixo ou
falso prefixo termina em vogal e o
segundo elemento começa por
vogal igual.
Estes compostos,
anteriormente grafados em uma
única palavra, escrevem-se
agora com hífen por força da
regra anterior.
Esta regra normatiza todos os
casos do uso do hífen entre
vogais iguais, como já
acontecia anteriormente na
língua em compostos como:
auto-observação, contraargumento,
contra-almirante,
eletro-ótica, extra-atmosférico,
infra-assinado, infra-axilar,
semi-interno, semi-integral,
supra-auricular, supra-axilar,
ultra-apressado, etc.(Nestes
casos o hífen permanece)
No caso do prefixo “co-“, em
geral não se usa o hífen,
mesmo que o segundo
elemento comece pela vogal
“o”: cooperação, coordenar.
Anti-ibérico, anti-inflamatório, antiinflacionário,
anti-imperialista,
arqui-inimigo, arqui-irmandade,
micro-ondas, micro-ônibus, microorgânico.
Manda-chuva, pára-quedas, páraquedista,
pára-lama, pára-brisa,
pára-choque, pára-vento.
Não se emprega o hífen em certos
compostos em que se perdeu, em
certa medida, a noção de
composição.
O uso do hífen permanece nas
palavras compostas que não
contêm um elemento de ligação
e constituem uma unidade
sintagmática e semântica,
mantendo acento próprio, bem
como naquelas que designam
espécies botânicas e
zoológicas: ano-luz, azulescuro,
médico-cirurgião,
contra-gotas, guarda-chuva,
segunda-feira, tenente-coronel,
beija-flor, erva-doce, mal-mequer,
bem-te-vi, formiga-branca
etc.
Mandachuva, páraquedas,
páraquedista, páralama,
párabrisa, párachoque, páravento.
Observações gerais
1. O uso do hífen permanece:
• Nos compostos com os prefixos “ex”, “vice” e “soto”: ex-marido, vice-presidente, soto-mestre.
• Nos compostos com os prefixos “circum“ e “pan“ quando o segundo elemento começa por vogal,
“m” ou “n”: circum-navegação, pan-americano.
• Nos compostos com os prefixos tônicos acentuados “pré”, “pró” e “pós” quando o segundo
elemento tem vida própria na língua: pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação.
• Nos compostos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas
adjetivas, como “açu", “guaçu” e “mirim”, quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada
graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica entre ambos: amoré-guaçu,
manacá-açu, jacaré-açu, Ceará-Mirim, Paraná-mirim.
• Nos topônimos iniciados pelos adjetivos “grão” e “grã” ou por forma verbal ou por elementos que
incluam um artigo: Grã-Bretanha, Santa Rita do Passa-Quatro, Baía de Todos-os-Santos, etc.
• Nos compostos com os advérbios “mal” e “bem”, quando estes formam uma unidade
sintagmática e semântica e o segundo elemento começa por vogal ou “h”: bem-aventurado,
bem-estar, bem-humorado, mal-estar, mal-humorado.
Entretanto, nem sempre os compostos com advérbio “bem” se escreve sem hífen quando este
prefixo é seguido por um elemento iniciado por consoante: bem-nascido, bem-criado, bem-visto
(ao contrario de malnascido, malcriado e malvisto).
• Nos compostos com os elementos “além”, “aquém”, “recém”, e “sem”: além-mar, além-fronteiras,
aquém-oceano, recém-casados, sem-número, sem-teto.
2. Não se emprega o hífen nas locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais,
adverbais, prepositivas ou conjuncionais): cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel,
sala de jantar, cor de vinho, ele próprio, à vontade, abaixo de, acerca de, a fim de que etc.
- São exceções algumas locuções já consagradas pelo uso: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa,
mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
Fonte: Editora Saraiva / Atual Editora
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